domingo, 12 de agosto de 2012

Alice


Não é só a beleza de um sorriso, mas poder acompanhar uma vida. Tive muitos presentes na minha vida (e acolho também a ambigüidade dessa frase) mas nenhuma presença tão intensa quanto da Alice. Ela carrega meu sangue: o que de mim me faz vivo; ela carrega de mim o meu nome: o que de mim me faz história; ela carrega o meu cuidado: o que de mim me faz pai.

A maternidade e a paternidade são as experiências mais compartilhadas e mais solitárias, pois ninguém vai poder me ensinar a ser Pai da Alice. Da mesma forma que ninguém vai poder ensinar a ser mãe dela, pois ninguém teve o coração tão perto do da Alice, e por isso, ela é a única que sabe ser a melhor mãe do mundo.  Posso aprender com as palavras, com os gestos e com os erros dos outros, mas só com ela estou podendo aprender a viver o que é o sabor de cada segundo vivido nesse lugar. Eu não sei explicar o que é poder começar a viver por gerações e a responsabilidade de querer que alguém se orgulhe de um nome: talvez, isso tenha sido uma das coisas que eu aprendi com mais força do meu próprio Pai. “o que fazes sem pensar aprendeste do olhar, e das palavras que guardei pra ti”

Não vou mentir: me dá medo. Talvez a maior prova da ambigüidade da minha vida: Como posso de mim gerar uma mulher? Esse é talvez o meu maior espanto! Pude e posso acessar em meu mais profundo íntimo aquilo que eu tenho de mais público, o que no meu gesto se funde entre a minha historicidade e meu corpo: todos os masculinos e femininos que pude viver. Assim, “Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher, sou minha mãe, minha filha, minha irmã, minha menina, mas sou minha, só minha e não de quem quiser. Sou Deus, tua deusa meu amor”.

O grande mistério de amanhã é saber o que de novo vai gerar em mim o teu sorriso, o que de novo vai gerar em mim o teu olhar, e para onde nós vamos poder olhar juntos. Todo cuidado é pouco e (h)aja coração! “Vamos descobrir o mundo juntos, quero aprender com o teu pequeno grande coração, meu amor, meu amor...”
Alice, te amo.
Se torno público é porque um dia quero ler isso contigo.


4 comentários:

  1. Parabéns pelo belo texto. Fico feliz em saber que nossa bela Alice tem um pai que sabe expressar seu amor de forma muito profunda.

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  2. Parabéns por um texto tão maravilhoso. Fruto de uma experiência que cresce a cada dia e te desafia a viver o desconhecido com fé e esperança de que serás bem sucedido. Abraços,
    Nazaré

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