sábado, 22 de agosto de 2009

Cartas virtuais sobre a virtualidade

Como minha produção está muito parada já que estou tendo que dar atenção à algumas coisas burocráticas, resolvi que para não deixar o Blog parado vou postar a conversa minha e do André nos comentários.
Andei relendo e por isso repensando alguns conceitos e idéias que acredito que me serão muito uteis. Resolvi integrar a esse Blog alguns diálogos com amigos e blogs de amigos.
Abraços

André Feitosa disse...
Querido Amigo,
Li seu post com a atenção que você merece. Gosto de percorrer suas palavras - você já deve supor que isso aplacar minha solidão de criaturas pensantes.
Eu concordo, inteiramente, com os seus argumentos, porém, fico a refletir que essa noção de "Virtual-Movimento", emprestada do Deleuze, tem lá sua matriz originária, numa Epistemologia terceira à Psicologia. Na verdade, pertence, claramente, a uma proposta de Filosofia das Vertigens, essa tal Filosofia do Espanto e da Desconstrução Francesa (Derrida, Deleuze, Guattari, Foucault etc). Quero dizer com isso que o Deleuze não cunhou, ou se apropriou, desse conceito, gratuitamente, e, muito menos, sedimentou-o no Projeto de Filosofia que ele estava construindo, por alguma leviandade. Se isso é verdade, então, a "virtualidade", para o Deleuze, é uma necessidade conceitual para operacionar e legimitar o movimento, espanto, susto, colapso, que a Filosofia dele se propõe. (Os filhos carregam as linhagens dos seus pais). Sob esse prisma, quando você fala de Virtualização, estou escutando, a partir do Deleuze, você solicitando-me (leitor) permissão para realizar um empreendimento filosófico, um deslocamento sobre um Plano de Imanência (afinal, para o Deleuze, livro "O que é a filosofia", as Filosofias carregam seus "planos de consistência", enquanto a Ciência, "planos de referência"). Ok, se for isso. Contudo, em sendo, você está fazendo Filosofia. O que isso tem a ver com a Psicologia? Você está querendo construir um trabalho conceitual, do ponto de vista Filosófico, acerca da Virtualidade? Porque, se não for, você deveria se haver com o fato, concreto, a responsabilidade, real, de transfigurar "Virtualidade" e "Virtualização" como categorias de ciência (segundo o mesmo Deleuze, dentro de um "plano de referência"). Eu te escuto, da Psicologia, tentando se aproximar "disso", dessa coisa estranha e estrangeira, qual seja: como pensar uma categoria de Virtualização, entendendo "Virtual como Movimento", a partir de uma "referência" na ciência Psicológica. Se Virtual é Movimento, então, você deveria procurar respostas, para isso, na sua "Ciência" da Gestalt-Terapia - em algum lugar, por lá, onde se fale de Movimento/Deslocamento, para você fazer suas aproximações. A parte do "namoro", e, mais especificamente, do "namoro virtual", fica para outra ocasião.

Abraços, A.Feitosa.
29 de Julho de 2009 22:10

Ajustamento Criativo disse...
Entendi André. Acredito que você tenha razão nesse ponto, que, como você colocou a questão é de cunho filosófico e não psicológico. E mais, uma filosofia descontrutivista. A minha questão de reflexão (e não de produção científica) é realmente de poder pensar de modo transversal à psicologia uma nova via de compreensão que abarque o movimento que a tecnologia propõe sem necessariamente moralizá-lo. Em outras palavras, quero compreender os contornos atuais de comunicação e tecnologia dentro da vida humana sem patologizar ou fazer analogias esdrúxula com as teorias psicológicas.


Me lembro agora do Rafael falando do quanto era absurda uma discussão que ele fizera parte onde uma das pessoas (sobre aquele acidente do air france) começou a falar da caixa preta do avião como o "inconsciente do avião".

Esses e outras absurdos ouvimos todos os dias, de uma incapacidade da psicologia de acompanhar os movimentos (que são virtuais nessa visão) que a sociedade caminha e que sempre procuram referenciá-la em modelos que são de uma era atrás. E ai os estudos dizem que:
- as pessoas não lêem mais por causa da internet,
- estão passando por processos patológicos de exposição através de blogs, sites de relacionamento e etc.
- Possuem medo de contatos "reais"
- e etc.
Todo um discurso moralista e moralizante baseado (e aqui tem a nossa culpa também) em um discurso que afirma o toque e o contato físico como atualizantes, auto-reguladores ou criativos e por isso a internet é um tipo de "mal do século".
E aí digo de novo que precisamos repensar conceitos como privacidade, comunicação e etc.
Por isso eu reconheço um certo preconceito meu, eu acredito que a filosofia pensa mais que a psicologia, justamente porque ela não está atrelada em um discurso social de melhora e "vida saudável" que a psicoterapia e a psicologia tem contas a prestar.
Mas gostei da tua idéia de reconhecer esse movimento dentro (ai aqui são palavras minhas) da epistemologia da GT, porque acredito que são questões de base e quero não cair no erro de ir para a ponta (práxis) sem uma boa sustentação. No trabalho acadêmico vou procurar fazer essas amarrar pra construir um discurso que seja científico e psicológico (porém pensante) e não cair em um “filosofismo”.
Gosto de conversar com você pois me faz pensar.
Um grande abraço
Marcus Cézar
31 de Julho de 2009 04:37

7 comentários:

  1. ha sim, o debate bobo e eterno de nossa busca pela cientificidade de nossa frágil psicologia. Penso que a filosofia é ferramenta; é isso o que ela é e sempre foi. Ela nos dá ferramentas para pensar. Não vejo como vc estudar tudo isso sem as ferramentas filosóficas. mesmo os argumentos de andré são fundados em alguma filosofia que lhe dá suporte para argumentar, ainda que sofismático, como muita das vezes somos todos nós psicólogos.
    Não concordo quanto a " espistemologia terceira" a qual andré se refere. a ciência carrega planos de referência pois não suporta a sua própria inconsistência quanto a saber algo da realidade. A filosofia permanece não como ciência , mas ela faz ciência com suas ferramentas. Há filósofos que não são cientístas, mas não vejo como pode haver um cientista que não seja filósofo, posto que para fazer ciência precisa-se de ferramentas para pensar. continue com a filosofia e um dia , quem sabe, vc fará psicologia, ainda que não seja ciência. como vc mesmo disse, a psicologia se preocupa com uma ética do bem viver, e sabemos bem que, a ética do bem viver a qual a ciência nutre não é nada além da ética bio-política-capitalista-ideologicamente comprometida e aliada a um projeto moralisante de ajustamento do homem. penso isso. continuemos.Ainda assim, penso que que continuando assim a GT pode ser abençoada por suas incursões filosóficas.

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  2. designação de sofista, do grego Σοφιστής(sophistés), substantivação da forma adjetiva e verbal que remete a sophia e a sophos, utilizada para identificar aquele grupo de pensadores, filósofos e letrados da sofística helénica, recolhe em si o polissemantismo bem significativo de uma diversa apreciação dos sofistas. Por um lado, é neste sentido típico e dominantemente pejorativo, caracterizado por Platão como: "um impostor, caçador interessado em jovens ricos, comerciante didático e atleta em combate verbalístico ou erístico, purificador de opiniões, mas também malabarista de argumentos, mais verosímeis do que verdadeiros, mais sedutores do que plausíveis". O sofista é, neste sentido, menos o filósofo como amigo ou amante do saber do que o «sábio» na acepção não pedagógica de uma descoberta da verdade, mas segundo o modelo da transmissão de um ensinamento e, por conseguinte, segundo a forma tradicional de uma didáskalos, ou seja, de uma didáctica. Para o paradigmático entendimento que Platão faz dos sofistas, tal transmissão dos ensinamentos reduz-se a comércio interesseiro de saberes mnemotécnicos, retóricos e sempre relativos.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Sofisma

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  3. (Parte I)

    É óbvio que a ciência precisa de pensamento. Tão óbvio, e inútil, quanto dizer que a religião também se utiliza de pensamento, e a arte também se utiliza de pensamento. Estou ponderando a carga brutal de pensamento que está implícita, por exemplo, no talhar de uma escultura como a de Camile Claudel. Não apenas pensamento, porque há uma dose vertiginosa de intuição, sentimento e sensação (para eu permanecer, apenas, nas quatro atitudes-básicas da personalidade, descritas por C.Jung: pensamento-sentimento-sensação-intuição). O fato de haver uma atividade de pensamento na religião, ou o utensílio de ferramentas do pensamento em uma operação mecânica como a do "bancário", não implica dizer que ambos sejam cientistas, e, muitíssimo menos, não se trata de esperar que ambos o sejam. Existe uma infinidade de coisas interessantes e exuberantes que não são e não precisam ser ciência para qualquer coisa. Aliás, mesmo dentre os cientistas, existem vários que optam por um cotidiano marginal à ciência. Então, acerca dos "planos de referência", eu não os utilizei no sentido genérico, mas, ao contrário, na definição rigorosa que o Deleuze apresenta (é exatamente de lá que eu apreendo os critérios para entender que o "plano de imanência" da filosofia, com seus objetivos específicos de "consistência", não radicalmente diversos do "plano de referência" da ciência, com seus objetivos de "conceitos"). Não estou discutindo cientificidade nenhuma da psicologia (isso não me faz sentido, porque Psicologia, para mim, surge como um tipo de Ciência Moderna, na definição do M. Polanyi), estou apenas, sublinhando, que eu e Cézar, por exemplo, enquanto não rasgarmos nossos títulos de profissionais regulamentados pela República, profissionais obrigados a seguir uma Ciência Psicológica, temos que atentar ao fato concreto que Filósofos da Psicologia não precisam de uma profissão e registro profissional - e, a rigor, um vagamundo criativo, do lado de fora das instituições, um vulgar inebriado e socialmente rechaçado, pode ser tão brilhante e sublime como filósofo da psique a ponto de não lhe fazer falta qualquer localizador profissional como psicólogo ou como cientista da psicologia. Enquanto Cezar e eu, e outros mais, se definirem como psicólogos, no Brasil, eu tenho obrigação de cobrar por aquilo que está assentado em seus respectivos registros, ciência psicológica e não obscurantismo filosófico, espiritual, artístico, supranatural, psicanalítico etc. Que rompa, e que tenha o direito de romper com dignidade.

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  4. (Parte II)

    Que rompa, e que tenha a coragem de peito aberto e sem olhar para trás! Que rompa, que abandone os fundamentos históricos da nossa ciência e da nossa prática de psicoterapia científica, e se acople aos redutos amórficos das entidades inúmeras que realizam suas práticas inúmeras de psicoterapias, com seus respectivos e plurais referenciais, filosóficos ou não. (Porque há também isso: há tudo mais que não está restrito no binômio idiota filosofia-ciência). Mas, no Brasil, não é o caso Psicologia regulamentada desde 1962. Isso não exclui o fato, concreto, que podemos redimensionar nossas adesões ético-políticos, pensar as consequências das mesmas em termos de ecologia, sustentabilidade, ética etc, mas se a fizermos, haverá de ser de dentro, como um pensamento de área e de classe. E aí, vou retomar o texto do Deleuze, e retomar o absurdo dessa crença do fiel de que, fazendo filosofia, pode-se caminhar, sorrateiramente ou guiado pelo mistério, conduzido até uma ciência decorrente do absurdo filosófico. A prática da filosofia só rompe com seu campo de imanência para um campo de referência, apenas, nas péssias filosofias que se acorrentam em ciências inúteis. A filosofia, por definição, deve estar fora dos "compromissos" esquizóides da ciência, para manter a qualidade, o frescor e a vertigem das suas propostas. A ciência, coitados de nós todos, cientistas, é um projeto mais limitado e menos ambicioso que a filosofia. Por isso mesmo, um lugar menor e menos zombeteiro. Tímido e retraído. Fazer Filosofia da Virtualidade é mais interessante. Ciência Psicológica da Virtualidade é mais chato, talvez mais inútil. E não deixa de ser Ciência.

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  5. André , acredito que vc tenha compreendido o que eu disse, e , mais ainda, que fique claro porque falei do sofisma. Novamente , tudo que consigo ver é mais sofismas , dentre outros truques de retórica.
    MAs vc tem um ponto , pelo menos o que pude compreender. A questão para mim é que a psicologia pode sim ser ciência,aquela que trabalha com os processos básicos de inteligência, memória, comportamento, aquisição de linguagem, etc..E tudo o mais que realmente fazem parte do objeto de estudo da ciência psicológica. No entanto, a psicoterapia...Como ser ciência? Ela não é, nem ainda e nem acho que deva ser algum dia. Alguns países, como Estados Unidos e alguns outros da Europa já resolveram essa questão. Suas psicoterapias são o que o nome já encerra: psico- terapia. servem para consertar, re-centrar, trazer saúde. E esse ideal de saúde é necessário e a ele serve toda a ciência. TODA.
    Bem, romper com a psicologia é algo que fiz, farei e faço todos os dias. Mas, não por completo. Romper com paranóia ciência é algo que se deve fazer todos os dias, mas não completamente..porque há em todos nós uma paranóia estrutural que quer dar conta de tudo. discordo prontamente de que a ciência tem um projeto mais limitado e menos ambicioso. Ao contrário, o projeto da ciência sempre foi audacioso, aglutinador e holistico. A ciência quer e precisa estar em todos os lugares, isso é inerente ao seu projeto. Nada absolutamente contra a ciência..ja´que só escrevo aqui por causa dela junto ao meu computador de última geração. Mas, algum discurso precisa regulá-la?
    e como se dará isso?
    Ropendo com ela e e se acoplano aos redutos amórficos das entidades inúmeras que realizam suas práticas inúmeras de psicoterapias. Sim. Exatamente. Sinto que isso seja tarefa nossa, dos psicanalistas: continuarmos a ser objeto de escárnio enquanto pudermos ser. Porque assim, de alguma forma provamos que aquilo que é desviante, trôpego, resiliente às terapias e saúde psiscológicas insiste em falar.
    Obscurantismo de fato, mas , como vc mesmo disse, rompe com muita dignidade.
    Mas, me resta uma dúvida mesmo:

    qual é essa psicoterapia científica a qual vc se refere? Infelizmente a desconheço, pelo menos nos critérios de cientificidade que são conhecidos e estabelecidos. Fora os amigos cognitivistas e behaviorista não encontro outro. A não ser que ....ha..acabei de entender. Seu projeto é maior do que eu imaginava. Entendi tudo agora.
    ótimo. boa sorte em sua empreitada.

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  6. Rafa, você é realmente um dos poucos a quem se deve escutar com todos os poros abertos. Sagaz, sutil, apócrifo... (Você bem sabe da minha gratidão por trocar idéias com as potestades que você representa!). Algumas poucas linhas para mantermos o diálogo: 1) Eu posso até concordar que toda a Psicoterapia pressupõe um desmantelamento que ela investe-se da responsabilidade de organizar... via de regra, essa intervenção está sendo expressada e foi arregimentada pela Saúde-enquanto-Instituição (que é qualquer coisa mais abominante do que a Saúde, do Foucault, para domesticar os corpos dóceis e frágeis). Entretanto, você precisa me dizer o que significa, sob suas lentes, "consertar" e "re-centrar" pq estou imaginando, talvez equivocadamente, que você está contrapondo estes adjetivos, como categorias mesmas da Psicoterapia, à proposta desviante da Psicanálise, certo? Olha só, o fato da Psicanálise se pretender marginal ou, como você disse, "objeto de escárnio", não me parece um problema -- aliás, eu entendo que seja um pressuposto de altivez e dignidade. Mas, dependendo do que você entenda por "dirigir", "consertar" ou "modificar", é óbvio que as diferentes Ciências e modalidades da Psicoterapia operacionalizam propostas metodológicas diferentes para intervir nos fenômenos, a partir dos seus planos de referência de origem. Eu não acho que você seja um dos idiotas que acreditam que possa existir um saber que não propõe nada; se for verdade que você não está nessa curriola, então, é também correto e prudente dizer que o ser saber propõe algo: ele tem uma bandeira, uma ideologia, uma historicidade. Em comum a Psicoterapia, ele não sabe onde se chega, mas diferentemente da Psicoterapia, a Psicanálise, sob o seu argumento, não "modifica", "conserta", "orienta". Talvez, por limitação patife da minha parte, por descuido ou por engano, por falta de interesse ou por impossibilidade ontológica, se eu escuto você dizer que não "modifica", não "conserta" e não "orienta", estou escutando que você faz outra coisa - que é diferente disso que a sua teoria refrata obstinadamente. Existem algumas maneiras de formular "isso" que você se propõe, e que não é "conserto": grosseiramente, eu diria "ne cède pas sur ton désir", na ética da psicanálise conforme a leitura do Lacan. Um pouco mais elaborado, se a memória discente não me falhe, sustentar um lugar de afirmação do masculino ante as imposições da cultura e do Outro e que saiba, também, suportar o lugar feminino de objeto sem o esfacelamento nas mãos do Outro... eu vou resumir, descompromissadamente, porque eu não sou Filósofo (e não preciso entender de nada de Filosofia), não sou Psicanalista (e não preciso entender de nada de Psicanálise) -- assim como não sou Físico, não sou Engenheiro, não sou Médico, não sou Artista, não sou Pároco, então, não preciso entender e responder nada além da minha Ciência Psicológica. Mas a você, que se inscreve no campo que não é o da Psicologia (para sua redenção e felicidade!), eu gostaria de saber os limites dessa aposta fetichista no Sujeito. Você sabe quais são as minhas limitações a idéia do Sujeito (de quem e do quê quer que ele seja: do Desejo, ou da História etc). Além de me perguntar se os tais Sujeitos dos seus Desejos respondem de qual modo aos desafios do Aquecimento Global e da Mudança Climática, eu gostaria de lembrar que, mesmo invocando a exceção do "controle", caso a sua prática analítica seja uma boa prática, imagino, e talvez esteja enganado, que não é permitido o desejo do não-desejo, em outras palavras, o impasse metodológico que instaura, no coração da análise, um buraco-negro (e não apenas uma nova borda). As respostas levianas que eu ouvi na Graduação é que, simplesmente, tal experiência não existe. Na melhor das oportunidades, me disseram que a Psicanálise foi modelada para atender às necessidades do Homem Ocidental. Se isso for verdade, então, ela funciona nos limites da subjetividade ocidental e, de certa maneira, funciona para manter essa subjetividade operante - ainda que operante de outra forma.

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  7. Então, se você puder me afirmar que existe esse saber tão livre a ponto de autorizar o desejo-pelo-não-desejo, você sabe que por coerência e congruência, doravante, serei obrigado a sustentar publicamente que apenas a psicanálise conseguiu construir uma prática que, no lastro das interpretações, pontuações e flutuações, acompanha o sujeito e dele não se afasta, inclusive, nos buracos-negros de sua própria teoria. Eu teria umas outras palavras para tentar demonstrar que a lógica do "controle" não é uma categoria comum a todas as Psicoterapias, mesmo naquelas que sejam Científicas. Mas acho, talvez precipitadamente, que isso não te interessa - e, talvez, não não me interesse. Para mim, é mais rico aprender e debater com você. Contudo, se a sua dose de vertigem estiver em baixa, eu teria satisfação em contribuir com algumas quinas Formativas, Atualizante e Regulatórias, a partir de um ponto de vista Experiencial-Organísmico, de uma Abordagem Centrada na Vida.

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