domingo, 8 de julho de 2007

Hoje eu descobri que se eu deixar a minha coluna reta eu não consigo respirar direito....a impressão que me dá é que entra muito ar e que é impossível administrar. Talvez eu possa chamar isso de pecar por excesso...ou não?se colocar de coluna reta frente a experiência nos impede de administrá-la mas não de senti-la e ai é só se entortar...e ai falo na terceira pessoa (nós, a gente) para fingir que todo mundo é igual. Talvez por isso as relações sejam vazias, talvez por isso as relações sejam superficiais....”oi, tudo bem?’ a grande verdade é “ quem se importa?”.

Não passa de jogos de interesse....jogos....mímica é um jogo....”adivinha o quê” também é um jogo....

Em uma poesia chamada Brigite Bardot, cazuza diz que gosta dos cães por que eles sabem que amar é abanar o rabo, lamber e dar a pata....o que sabemos dos cães? Nunca vi um cachorro velho se apegar a um novo dono, mas as pessoas são capazes de lamber e dar a pata pra qualquer um....como se o resto não existisse, como se o passado evaporasse. Moska diz em outra música “dorme amor, nos meus braços como se eu fosse o primeiro” e isso ainda é romântico! não se pode negar a genialidade é o milagre do novo encontro e lá ele sabe falar disso...mas nas relações comuns isso é esquecido! A que ponto chegamos? Chegamos a conversas vazias, interesses, conhecer é um jogo de azar....interesse? Interessar-se não é mais querer saber sobre, mas querer estar sobre!

Mas a vida deixa marcas que não se apagam...nisso eu ainda tenho fé! E talvez nisso ainda esteja a salvação....de as relações não se esgotarem em si e virar lembrança...mas marcas na carne, marcas impossíveis de se apagar....

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